Os fãs dos Sex Pistols finalmente poderão julgar por si mesmos com o lançamento, pela primeira vez, de três álbuns ao vivo completos da lendária turnê americana de 1978 da banda. O vocalista e letrista dos Pistols, Johnny Rotten (John Lydon), encerrou com as palavras imortais no palco do Winterland Ballroom, em San Francisco, em 14 de janeiro de 1978 — o último show da banda até a reunião de 1996.
Este ano trará lançamentos especiais em vinil colorido dos shows de San Francisco, Atlanta (South East Music, 5 de janeiro de 1978) e Dallas (Longhorns Ballroom, 10 de janeiro de 1978), antes que todos sejam disponibilizados em um conjunto de três CDs e para download digital. Mesmo que a banda não tivesse implodido logo depois, a turnê ainda teria garantido seu lugar na história do Rock and Roll, com a reputação da banda precedendo a passagem pelo coração conservador da América.
Johnny Rotten, Paul Cook, Steve Jones e Sid Vicious foram enviados a locais preparados para confronto, com policiais prontos para reprimir qualquer sinal de anarquia e manifestantes religiosos mobilizados para afastar os britânicos “profanos”. O público era provocado, objetos voavam, tensões aumentavam, rachaduras se aprofundavam entre os próprios Pistols — mas, em meio a tudo isso, foi entregue uma das músicas mais cruas e honestas que o país que deu origem ao Rock já havia visto. “God Save The Queen”, “Bodies” e a adaptada “Anarchy In The USA” — todas lançadas contra as multidões e as autoridades que assistiam.
As gravações recém-remasterizadas colocam o ouvinte bem no meio da multidão suada e fervorosa. “Nós não somos a pior coisa que você já viu?”, pergunta Rotten — mas, na verdade, o som da guitarra de Jones e o rugido cru de seu vocal eram exatamente o que eles queriam.