Você lembra de algum trabalho de seu cantor, cantora ou banda favorita que, depois de uma espera cheia de ansiedade e curiosidade, te “derrubou do cavalo” com uma impressão que podia ter sido bem mais? Pois existe uma lista sobre este tema e a razão não deixa de estar com ela. A edição americana da Rolling Stone publicou, recentemente, uma divertida lista elencando os 50 discos mais frustrantes já lançados.
O ranking não traz, necessariamente, os piores álbuns já feitos pelos artistas selecionados, ainda que, em certos casos isso também seja possível de ser dito, mas principalmente trabalhos que, de alguma maneira, acabaram frustrando fãs e/ou críticos por diferentes razões: seja por não manterem o mesmo nível dos lançamentos anteriores, por musicalmente não trazer o que seria de esperar dos artistas ou por terem demorado muito para saírem e não fazerem justiça ao tempo de espera.
O primeiro lugar ficou para o controverso “Some Time In New York City“, o disco mais politizado, e militante, lançado por John Lennon. Feito em parceria com Yoko Ono, o LP de 1972 não foi bem recebido à época e, ao contrário do que se vê com muitos discos, jamais passou por um processo de reavaliação.
Esses foram os dez primeiros colocados da lista:
10 – “Invincible” – Michael Jackson (2001): “Não havia um momento no álbum que soasse remotamente novo ou original. Nesse sentido, ele era o oposto de “Thriller“… Para piorar a situação, o primeiro single saiu poucas semanas antes do 11 de setembro. Quando o álbum saiu, em outubro, poucas pessoas estavam com vontade de dançar.”
9 – “Tales From Topographic Oceans” – Yes (1973): “Este não é um álbum terrível. Há momentos muito bons nele, mas ele veio na sequência de “The Yes Album“, “Fragile” e “Close to the Edge“, três dos melhores álbuns da história do rock progressivo.”
8 – “Stevie Wonder’s Journey Through “The Secret Life of Plants“” – Stevie Wonder (1979): “A trilha sonora de um documentário baseado em um livro que afirma que as plantas são sencientes e podem se comunicar entre si e com os humanos… a coisa toda parece desleixada e um completo desperdício dos talentos de Wonder.”
7 – “Smiley Smile” – The Beach Boys (1967): “Tomado por si só, “Smiley Smile” é um experimento low-fi, charmosamente estranho que se destaca como um dos melhores álbuns dos Beach Boys em seu vasto catálogo. Mas este foi o sucessor de “Pet Sounds” e do single “Good Vibrations“.
6 – “Human Touch” – Bruce Springsteen (1992): “Bruce lançou “Human Touch” no mesmo dia que “Lucky Town“, um álbum ligeiramente superior, e recebeu as piores críticas de sua carreira. Os álbuns venderam bem inicialmente, mas havia pilhas deles em lojas de CDs usados apenas alguns meses depois”.
5 – “Chinese Democracy” – Guns N’ Roses (2008): “Ao vivo, a banda parcialmente reunida (com Slash e Duff McKagan, que não tocaram no álbum), deu vida nova a muitas das músicas deste disco, mas “Chinese Democracy” continua sendo uma profunda decepção”.
4 – “Tonight” – David Bowie (1984): “Um fiasco que pôs a perder quase tudo o que ele ganhou com o álbum “Let’s Dance” (1983). Levaria muito, muito tempo até que ele recuperasse seu prestígio.
3 – “Self Portrait” – Bob Dylan (1970): “Levou o crítico Greil Marcus a escrever a mais famosa primeira linha de uma resenha de todos os tempos: “Que m*** é essa?””
2 – “Their Satanic Majesties Request” – The Rolling Stones (1967): “Uma tentativa de ser mais psicodélico que os Beatles em “Sgt. Peppers” que não funcionou, apesar de momentos fortes como “She’s a Rainbow“
1 – “Some Time in New York City” – John Lennon e Yoko Ono (1972): “Ao ouvir esse disco hoje em dia, é quase impossível acreditar que os dois álbuns anteriores de Lennon foram “Plastic Ono Band” e “Imagine“