Pela primeira vez em mais de três décadas, vendas de discos de vinil superam as de CDs

Que era uma tendência evidente nos últimos tempos, isso todo mundo do mercado da música meio que sabia, mas superar vendagens de mídias mais modernas talvez seja uma grata surpresa e prova que o bom e velho vinil está mais relevante do que nunca. De acordo com o relatório anual da Associação Americana de Indústria de Gravação (Recording Industry Association of America), foram registradas mais vendas de vinil do que CDs pela primeira vez em 36 anos.

Em números gerais, 41 milhões de discos foram comprados em 2022, enquanto as aquisições dos discos-laser totalizaram 33 milhões. Em termos de lucro, os LPs tiveram um incremento de 17%, num saldo de US$ 1.2 bilhões. O valor representa 3/4 do rendimento da indústria da música material, enquanto os CDs tiveram uma queda de 18%, numa retração de US$ 483 milhões.

Os ganhos deste ramo são significativos se considerado o processo histórico de criação dos LPs. Na “antiguidade”, os vinis foram pensados para uma época em que a distribuição artística não era tão acessível como hoje. No entanto, a explicação mais provável para este aumento exponêncial na venda dos “bolachões” pode estar na transição causada pela pandemia em si: o isolamento fez muitos jovens começaram a comprar discos físicos, provavelmente para ir na contramão da vida online.

Com isso, artistas mainstream como Adele e Harry Styles passaram a disponibilizar versões de suas produções também em vinil. Atualmente, o mundo Pop praticamente readotou os LPs até mesmo como estratégia de marketing, como no caso de Lana Del Rey, que anunciou a pré-venda da versão física do seu próximo disco.

Com tantos nomes apoiando o retorno das vendas de vinis, podemos esperar uma tendência de crescimento constante desta área. Tempos atrás, o ex-marido da Meg, Jack White, fez um apelo as grandes gravadoras para construir prensas próprias de LPs, dada a demanda que pequenas indústrias não conseguem mais dar conta. Ele é dono da Third Man Records e tem sentido a falta de infraestrutura dada a crescente do mercado das bolachas.

E falando em indústrias, lembramos também de noticia aqui do site que o Metallica, de olho em qualidade de ponta-a-pota, adquiriram uma prensa de vinis própria. É, o vinil tá de volta, e você ainda duvida?

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