Um grande dia para a música nacional: ícone da MPB e ex-ministro da cultura, Gilberto Gil enfim assumiu a cadeira nº 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL) e, assim, passar a ser um “imortal” entre os grandes escritores do país. A cerimônia aconteceu na última sexta-feira (8) e Gil recebeu o colar de membro das mãos de outro ícone recentemente empossado na ABL: a atriz Fernanda Montenegro.
Gil foi eleito para a posição em 2021, com maioria absoluta de votos (21, no total). O cantor acompanhou a votação em casa, já que uma norma da ABL proíbe que os candidatos elegíveis participem da sessão. Junto ao cantor e compositor, também concorreram o poeta Salgado Maranhão e o crítico literário Ricardo Daunt.
Em seu discurso de posse, Gil criticou o desmonte do setor cultural brasileiro e o racismo enraizado no país e em evidencia forte nos últimos tempos. “Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes sociais da internet, e a questão merece a atenção de nossos educadores e homens públicos. A ABL tem muito a contribuir nisso”, disse.
A discografia de Gil tem mais de 50 álbuns, além de uma galeria de prêmios que trazem, entre os louros, dois Grammy Awards e dois Grammy Latino. Ele também foi ministro da cultura entre 2003 e 2008, além de ser eleito pela ONU embaixador para agricultura e alimentação em 2001.
Na mesma ONU, viveu um dos momentos mais belos das Nações Unidas, quando cantou para uma plateia de congressistas e diplomatas a fantástica “Toda Menina Baiana“, tendo a companhia do então secretário-geral Kofi Annan, em setembro de 2003. Olha só…