Frequentar shows de música, peças de teatro ou exposições de arte não apenas proporciona momentos inesquecíveis, mas também gera benefícios significativos para a saúde física e mental. Essa é a conclusão de uma pesquisa pioneira no Reino Unido, que revelou que o consumo de cultura melhora a qualidade de vida e aumenta a produtividade, trazendo um impacto anual de £ 8 bilhões (R$ 62 bilhões) para a sociedade.
O estudo, realizado pelo Departamento de Cultura, Mídia e Esporte (DCMS) em parceria com a Frontier Economics e o Centro Colaborador de Artes e Saúde da OMS, destacou que atividades culturais, mesmo ocasionais, podem aliviar dores, reduzir sintomas de depressão, combater a solidão e até retardar o avanço da demência.
De acordo com os coordenadores da pesquisa, o impacto das artes pode ser mensurado em termos de economia no sistema de saúde, aumento da produtividade e melhoria na qualidade de vida. “As artes ajudam a reduzir a dependência de medicamentos, melhoram o bem-estar e mantêm as pessoas fisicamente e socialmente ativas”, acrescentou a professora Daisy Fancourt, diretora do centro da OMS (via The Guardian).
O estudo analisou 13 grupos demográficos, desde jovens até idosos, que se beneficiaram de atividades artísticas. Um exemplo destacado foi o programa “Quinta-feira no Museu”, no qual pessoas acima de 65 anos participaram de aulas de desenho, resultando em uma boa economia nos gastos individuais devido à redução de visitas médicas e ao aumento na satisfação com a vida.
Entre jovens de 18 a 28 anos, aqueles que participaram de atividades musicais, teatrais ou artísticas relataram maior felicidade e um senso mais profundo de propósito. O estudo apurou que para cada indivíduo, a imersão em eventos cultural pode agregar em média £ 1 mil (R$ 7,8 mil) anuais em qualidade de vida.