Inteligência Artificial, outra vez ela, agora dando vida a uma grande e saudosa dama do samba. Dias antes de morrer, Elza Soares tinha gravado um disco inédito, intitulado com o forte nome de “No Tempo da Intolerância”. A produção continha 10 faixas inéditas e, justo a que dá título ao trabalho acaba de ganhar um novo videoclipe, produzido com diferentes ferramentas, inclusive IA.

A concepção e direção do material é de Daniel Tupinambá, que considera o trabalho o mais profundo mergulho artístico da carreira, ainda mais se tratando de uma cantora que não esconde ser fã. “Quando comecei a estudar animação, ano passado, fiz uma homenagem a ela misturando 2D e 3D e isso chegou no empresário Pedro Loureiro, que entrou em contato comigo”, diz ele, em nota. O registro resgata a existência da musa, do começo e passando por grandes momentos da carreira.

Quando ao disco, ele tem gravações de letras feitas por Pitty e Rita Lee e é o primeiro disco póstumo de Elza em estúdio, trazendo notas que reforçam o compromisso da estrela com as artistas mulheres, sobretudo as compositoras, nada que não seja normal da postura feminista e engajada da saudosa dama do samba nacional.

Entre os destaques do projeto estão as faixas “Feminelza”, “Rainha Africana” e “Quem Disse”.