Eurovisão: Com direito a recorde, canção da Ucrânia fatura o Festival de 2022

Lá por março, quando dissemos que o Eurovisão tem um histórico, por vezes, ligado a situação política no lado de fora dos palcos, não estávamos mentindo. A exemplo de outros momentos da premiação, o festival deste ano não foi diferente: marcada pela politização, a escolha acabou sendo óbvia e com recorde para coroar o momento: “Stefania“, dos ucranianos do Kalush Orchestra, foi a grande vencedora deste ano na final realizada no último sábado (14).

Foram 631 pontos que levaram a melodia, mescla de ritmos tradicionais ao hip-hop, a vitória, superando o Reino Unido com uma larga vantagem. É a terceira vez que a Ucrânia leva o Eurovisão, sendo as outras duas em 2004 e 2016. A pontuação é colhida por uma combinação da opinião de um júri especializado, cada país tem um voto e a votação do público, lembrando (o óbvio) que os júris nacionais e o público em cada país não podem votar em si próprios.

E nem precisa dizer que a vitória é um símbolo do momento que o país atravessa: enfrentando uma guerra contra a invasão promovida pela Rússia, que, este ano, foi banida do festival. Ressalta-se ainda que é a primeira vez que a vencedora do Eurovisão utiliza-se do Rap na estrutura e no arranjo. Veja só:

Outros destaques

Três décadas depois, o Eurovisão teve como palco a Itália, desta vez em Turim, crédito conseguido pela vitória da trupe do Maneskin no ano anterior e que, neste ano, voltou a cantar “Zitti e Buoni” para uma plateia em extasio, que também acompanhou um duo especial entre os apresentadores da noite: a fantástica Laura Pausini e o britânico Mika.

Outro destaque da noite foi Reino Unido: Em 2021, o país que é considerado um dos grandes vencedores e colaboradores do Festival sofreu a humilhação maior de ficar em último lugar, zerado nos pontos. Desta vez, um final feliz e que soou como alívio com segundo lugar de “Space Man”, defendida por Sam Ryder. É o melhor resultado da terra da raínha desde 1997.

Já nossos “patrícios” conseguiram um bom top-10 no Festival, com “Saudade, Saudade“, cantada pela multi-instrumentista Maro. A melodia fechou em nono lugar, igualando as classificações portuguesas de 1971 e 1979.

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