Recentemente, dois estudos inovadores destacaram os benefícios da música no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A pesquisa, que combina ciência e tecnologia, sugere que a música pode ser uma ferramenta eficaz para melhorar a atenção e reduzir o esforço cognitivo em crianças e adultos com TDAH.
- A música funcional pode melhorar a concentração e reduzir o esforço mental.
- Estudo da UFMG mostra que ouvir música pode diminuir erros em tarefas de atenção.
- A personalização das composições musicais é crucial para atender diferentes perfis neurais.
Um estudo liderado pela Brain.fm, publicado na revista científica Nature, revelou que composições musicais criadas com base em princípios de neurociência podem ajudar pessoas com TDAH. As músicas são projetadas para influenciar as oscilações cerebrais, ativando redes neurais responsáveis pela atenção e controle cognitivo.
Daniel Clark, CEO da Brain.fm, enfatiza que a música funcional não deve ser confundida com playlists comuns. Ele afirma que a pesquisa valida a música como uma ferramenta terapêutica não invasiva, que pode beneficiar tanto pessoas diagnosticadas com TDAH quanto aquelas que enfrentam dificuldades de atenção sem um diagnóstico formal.
No Brasil, um estudo inédito realizado na Faculdade de Medicina da UFMG investigou o impacto da música na atenção de crianças com e sem TDAH. A pesquisa, conduzida pela terapeuta ocupacional Camila Mendes, envolveu 76 meninos de 10 a 12 anos.
Os resultados mostraram que:
- As crianças erraram menos em tarefas quando estavam ouvindo música.
- Não houve diferença significativa na atenção entre realizar tarefas com ou sem música.
- A música parece aumentar a motivação e o interesse nas atividades, levando a um desempenho melhor.
- Camila Mendes sugere que incluir músicas instrumentais que as crianças gostam pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a concentração e reduzir erros em atividades escolares.
Com mais de 8 milhões de adultos diagnosticados com TDAH nos EUA, a busca por alternativas não invasivas é crescente. A música funcional se destaca como uma solução prática e acessível, especialmente para aqueles que não atendem a todos os critérios diagnósticos para o transtorno.
