Nesta semana, fãs de Elton John estão tendo a chance de garantir um de seus 900 itens pessoais que, juntos, espera-se que rendam cerca de R$ 49,7 milhões (US$ 10 milhões) ao artista. O cantor está em uma fase minimalista: sua antiga cobertura em Atlanta foi esvaziada para a série de leilões que serão realizados na Christie’s, no Rockefeller Center de Nova York, a partir desta quarta-feira, dia 21.
Serão duas vendas ao vivo, e seis online, da coleção do cantor, que inclui itens como pares de seus óculos de aro grosso, sua marca registrada, e uma vasta coleção de arte. Quer o piano de cauda Yamaha onde o Rocketman compôs seu espetáculo da Broadway “Billy Elliot”? Sai o triplo do preço de modelos semelhantes vendidos on-line: R$ 248 mil (US$ 50 mil).
E o objeto mais caro, uma pintura de Banksy de 2017 de um homem mascarado atirando um buquê de flores, obtida diretamente do artista anônimo, deve ser vendida por quase R$ 7,45 milhões (US$ 1,5 milhão). Segundo o marido e empresário do cantor, David Furnish, Elton não guardava muitas coisas; ele as comprava para viver com sua arte.
A venda da residência de Atlanta deu ao casal a oportunidade de selecionar sua coleção de arte e objetos pessoais, que inclui os famosos óculos de sol do cantor, botas prateadas de plataforma e um de seus primeiros conjuntos de roupas de palco.
Vale lembrar que o duplex na Peachtree Road simbolizou um ponto de virada para o cantor britânico: ele comprou a residência de dois andares na década de 1990 como refúgio para se manter sóbrio. As paredes logo foram preenchidas com dezenas de fotografias — parte de uma extensa coleção de imagens de mestres modernos que exibida na Tate Modern, em Londres, e no High Museum of Art, em Atlanta.
É a primeira vez que uma seleção importante da coleção de John é oferecida ao público desde a venda de itens de sua casa em Londres pela Sotheby’s em 2003 (que rendeu US$ 1,67 milhão). Em 1988, outro leilão da Sotheby’s em Londres apresentou uma miscelânea de obras de arte e curiosidades, que ia desde a uma pintura de René Magritte de um peixe azul envolto em pérolas a um simples penico.