Você está nos EUA e é um artista de longa data do Rock, e como grande astro do estilo, com grandes clássicos e discos memoráveis, se você estiver dentro dos requisitos e alguém apontar o dedo para você, notadamente você estará apto para o “Rock ‘n Roll Hall of Fame“, que desde os anos 1980 dá a grandes lendas o status de “imortais” e “obrigatórios” em qualquer seleção.

E se você, como artista do Rock de longo tempo, tivesse o dedo apontado para entrar no Hall da Fama, você aceitaria? Acha-se merecedor de tal distinção? Pois Dolly Parton acha que não. Na última segunda-feira (14), a cantora, uma das maiores vozes do Country e dona de sucessos como “Jolene”, “Applejack“, “9 to 5” e “I Will Always Love You” (que ficou mais famosa na voz de Whitney Houston) comunicou via redes sociais que recusava a indicação dizendo-se “não se sentir merecedora” da honraria.

“Ainda que eu esteja bastante lisonjeada e grata por ser indicada ao Hall da Fama do Rock, eu não sinto que eu tenho esse direito. Eu realmente não quero que os votos sejam divididos por minha causa, então eu respeitosamente me retiro”, afirmou a cantora. E não ache estranho que uma cantora Country esteja sendo indicada ao Hall da Fama. Vale lembrar que a distinção não se limita a artistas explicitamente do Rock. Exemplo de vários nomes do Rap e até do Pop chamados a integrar o seleto grupo.

No entanto, parece que a indicação surtiu um efeito contrário: ao recusar a honraria, Dolly avisou também que ficou inspirada a lançar um disco dentro do Rock propriamente dito, como disse no mesmo comunicado. “Algo que eu sempre quis fazer! Meu marido é totalmente fanático pelo Rock and Roll, e sempre me apoiou a fazer um (álbum)”, disse.

A verdade, no entanto, é que Dolly não é lá muito fã de homenagens. Ano passado, por exemplo, ela pediu para que o estado do Tennessee desistisse da ideia de erguer uma estátua em reconhecimento à sua obra afirmando não achar “apropriado” ser colocada em um pedestal “devido a tudo que vem acontecendo no mundo”.

Humildade é o forte dela, podemos dizer. Enquanto isto, a gente curte a doce voz de Dolly Parton com “Jolene”, claro: