Quase cinco décadas de puro rock. É assim que o Kiss, uma das bandas mais influentes do mundo, pode ser resumida. A história mais aprofundada, que teve início nos anos 1970, precisa de bem mais tempo para ser contada. É por isso que o documentário Kisstory, exibido no canal A&E tem quatro horas de duração. No especial, Gene Simmons e Paul Stanley, fundadores do grupo, mostram quem são os roqueiros por trás da maquiagem.
O início da banda em Nova York, nos Estados Unidos. O uso da pintura no rosto, a ascensão dos músicos, as primeiras desavenças, as idas e voltas de integrantes e até o ego inflado de Simmons estão na biografia da lendária formação. A realidade nua e crua do universo da música será narrada, com direito a uma pregação do vocalista contra drogas. “Nunca usei. Nunca nem fumei cigarros”, afirmou.
“Decidimos fazer algo diferente. Kisstory não é doce nem um mar de rosas. Queríamos mostrar que toda jornada leva muito tempo. A vida é assim, não há só bons momentos, há também os péssimos momentos. A transparência deste documentário é algo do qual estamos muito orgulhosos”, declarou o cantor em entrevista coletiva.
A veracidade dos depoimentos nos fatos dramáticos e positivos do Kiss são as apostas de Simmons para o documentário. Os fãs, segundo ele, poderão se sentir na intimidade dos músicos. No palco, o público vê artistas fazendo rock. Na intimidade, nem tão rock n’roll assim. Vale lembrar que os ex-integrantes Peter Criss (baterista) e Ace Frehley (guitarrista), não quiseram participar do documentário. Para trazer a visão deles no longa, foram acrescentadas falas dos ex-integrantes em diversas entrevistas e eventos ao vivo.
De certa forma, isso acaba deixando um tom de neutralidade no documentário. Inclusive apontando o sentimento marqueteiro e business que sempre esteve na veia do que de fato o Kiss sempre foi. Uma empresa multimilionária que diverte milhões de pessoas. Vale a pena conferir!