Casa de Cultura tem exposição, documentário e inauguração de palco em homenagem a Lory F.

A Casa de Cultura Mario Quintana instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), recebe a partir do próximo dia 24 a exposição “Lory F. – Você vai ser obrigado a me escutar”. Além da mostra na Sala Radamés Gnattali, da Discoteca Pública Natho Henn, a CCMQ lança um documentário sobre a vida e a obra da homenageada, que também passa a denominar um novo espaço do complexo cultural, o Palco Lory F.

Nascida em Porto Alegre, em 24 de setembro de 1958, Lorice Maria Finocchiaro, a Lory F, é figura essencial para o rock brasileiro. Desde o final dos anos 70, a baixista, cantora, compositora, produtora musical e desenhista fez parte de inúmeras bandas, como Cor de Rosa, Sempre Livre, Sombras da Noite, Pretty Woman Band e a sua Lory F. Band.

Vivendo e produzindo com intensidade, Lory faleceu em 11 de agosto de 1993, por complicações da AIDS, deixando o antológico disco póstumo, “Lory F. Band”, lançado em 1996. Com produção das irmãs Laura e Deborah Finocchiaro e da amiga Fernanda Chemale, o álbum traz Lory como vocalista, baixista e líder da banda que reunia músicos de peso como Ricardo ‘King Jim’ Cordeiro no sax e voz (principal parceiro de composição de Lory), Marcinho Ramos e Marcelo Fornazier nas guitarras, Edinho Espíndola e Edinho Galhardi na bateria.

“Lory F. – Você vai ser obrigado a me escutar” é uma mostra documental com curadoria de Joana Alencastro. Fruto de pesquisa da jovem acadêmica em História da Arte, que trabalha com intersecções entre a música e as artes visuais, a exposição reúne fotos, vídeos, cartazes, flyers, notícias de jornais, desenhos, bilhetes, documentos pessoais e outros itens que fazem um resgate histórico da vida e da obra musical de Lory Finocchiaro.

No dia 23 de julho, véspera da abertura da exposição na CCMQ, o disco “Lory F. Band” estará em todas as plataformas digitais, com apoio da gravadora Cogumelo Records e distribuição da Nikita. “Forjado nas ruas de Porto Alegre, uma cidade fria e sonolenta, careta e cheia de preconceito. Parido por uma mulher em meio a um ambiente normalmente dominado por homens, seria difícil que não soasse como soou”, comenta sobre o disco Ricardo Finocchiaro Bolsoni, filho de Lory.

Vale a pena conferir e fica a dica para uma programação gratuita para visitar em Porto Alegre.

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