Ministro indica que pode rever taxação sobre importação de discos de vinil

Não é de hoje que o valor dos discos de vinil incomoda quem curte esse formato de música. Com os preços nas alturas, é praticamente impossível acompanhar os lançamentos internacionais ou buscar alguma peça para sua coleção. Se você pensa que isso nunca deverá mudar, provelmente não está ligado numa declaração dada pelo ministro da fazenda, Fernando Haddad, durante o podcast Inteligência Ltda., transmitido na última sexta-feira (21).

Ele foi surpreendido por uma pergunta de um ouvinte sobre a taxação dos discos de vinil no Brasil. “Eu nem sabia que disco era tributado. Livro não é. Ele está falando de disco de vinil? Prometo ver isso, com carinho inclusive”, disse o ministro, em transcrição feita pelo UOL, prometendo discutir o assunto com Robinson Barreirinhas, secretário especial da receita federal.

A tributação sobre vinis importados sempre dificultou o acesso aos produtos. Atualmente, remessas internacionais de até US$ 50 são tributadas em 20% de imposto de importação, além do ICMS, que varia de estado para estado. Caso a compra seja feita fora do programa Remessa Conforme, a alíquota sobe para 60% sobre o valor excedente.

Se Haddad levar a discussão adiante, a medida pode beneficiar diretamente o mercado fonográfico, DJs e os fãs de vinil, que seguem impulsionando o crescimento desse formato no Brasil. Um relatório divulgado na semana passada pela Pró-Música, indicou o segmento dos vinis faturou R$ 16 milhões em 2024, com uma alta expressiva de 45,6%.

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