Indiana Jones se despede dos cinemas com A Relíquia do Destino, que estreia nessa semana nos cinemas brasileiros. E o quinto filme com a presença de Harrison Ford na pele do arqueólogo e professor mostra um clima de nostalgia nessa despedida. Primeiro filme sem a direção de Steven Spielberg, substituído por James Mangold (Logan), traz o ator que já foi Han Solo e Rick Deckard em plena forma aos 81 anos, entregando uma despedida à altura.
O filme se passa em 1969, bem longe da primeira aparição, ambientada em 1936. De Os Caçadores da Arca Perdida, de 1981, a A Relíquia do Destino, são mais de 40 anos de diferença, mas o clima de aventura e efeitos mais práticos e menos tecnológicos se mantêm. É no carisma de Ford que o filme se baseia e no seu momento de despedida. Isso já se vê no trailer, com a trilha de Sympathy For The Devil, dos Rolling Stones:
A ambientação nos anos 60, com hippies, guerra do Vietnã e outras mudanças contrapõem o estilo de Indiana dos anos 30 e 40. E esse contraponto é uma das coisas mais legais do filme, além de novos personagens com temática nazista, como é tradição da franquia. Dr. Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), cientista do Terceiro Reich que, depois da guerra, foi recrutado pelo governo americano e se tornou crucial para o sucesso do país na corrida espacial, acaba tendo papel bem importante na trama.
É um filme para se despedir de Indy, curtir a trilha de John Williams e aproveitar o estilo indefectível da franquia. Vale a pena maratonar Os Caçadores da Arca Perdida, O Templo da Perdição, A Última Cruzada e A Caveira de Cristal para relembrar os bons momentos antes do fim.